RADIO ALFA

Free Shoutcast HostingRadio Stream Hosting

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Marina Silva é de direita ou de esquerda? Historiador diz que Marina representa evangélicos conservadores


Marina Silva é de direita ou de esquerda?Marina Silva é de direita ou de esquerda?
Com a decisão de Marina Silva em não mais concorrer a presidente, muitas questões surgiram sobre seu posicionamento. O jornalista Ancelmo Gois publicou neste domingo (6) uma análise sobre a postura política da missionária da Assembleia de Deus e ex-senadora pelo Acre. Durante a eleição presidencial de 2010, ela obteve quase 20 milhões de votos pelo PV e aparece em segundo lugar em quase todas as pesquisas realizadas este ano.
Uma questão emblemática de suas posições ocorreu diante da aliança estratégica com o PSB para 2014. Durante as primeiras tratativas ocorreu um “bate-boca” entre Marina e um de seus mais antigos aliados, o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ). Diante de vários questionamentos sobre a linha do partido Rede Sustentabilidade, que ele e ela tentaram fundar, Sirkis afirmou que havia entre seus quadros “pessoas progressistas, de extrema esquerda e também “evangélicos de direita”. Ao ouvir isso, Marina rebateu: “Quem é evangélica aqui sou eu. Então sou de direita?” Ou seja, diante dos presentes ficou claro que a ex-senadora não gosta de ser chamada assim.
Zózimo Trabuco, historiador está escrevendo uma tese de doutorado na UFRJ com o título: “A expressão política da esperança: Protestantismos, esquerdas e transição democrática.” Seu argumento central é que os evangélicos vivem uma ambiguidade política. “Durante a ditadura e no processo de redemocratização, por serem religiosos, eles eram chamados de burgueses pela esquerda. E, na igreja, eram considerados subversivos por defenderem as esquerdas”, acredita.
Hoje em dia, as pautas mais debatidas pelos políticos evangélicos “de esquerda” mudaram. Atualmente “são defensores das minorias e apoiam a legalização do aborto, o uso de métodos contraceptivos e o casamento gay. Há um grupo de cristãos que participa inclusive da Marcha das Vadias”, aponta Zózimo. Para ele, o melhor exemplo desse grupo é o senador baiano Walter Pinheiro, da Igreja Batista e eleito pelo PT. Seu nome é o mais cotado para assumir o Ministério do Turismo.
Por outro lado, a ex-senadora Marina Silva tem posturas mais próximas da chamada “bancada evangélica”. Para o historiador, “Há uma certa pressão por verem nela a chance de o Brasil ter um presidente evangélico”. Embora ela sempre tenha militado em movimentos de esquerda, as bases evangélicas que se aproximaram de Marina são conservadoras. Os assuntos mais comentados pela bancada são justamente a descriminalização do aborto e a legalização do casamento gay.
De fato, o Brasil tem visto crescer o número de legendas que se autodenominam evangélicas ou que têm fortes ligações com igrejas. Foi o caso do Partido Social Cristão (PSC), cujo membro mais famoso é o deputado federal e pastor Marco Feliciano. Também entrem na lista os partidos recém-criados que afirmam defender “temas evangélicos”. O primeiro foi o Partido Ecológico Nacional (PEN) que chegou a oferecer a legenda para que Marina concorresse em 2014. O outro é o Partido da República e Ordem Social, (PROS) que apoia o PT e, consequentemente, vê-se num dilema diante das “propostas morais” defendidas pelo atual governo.
Nas últimas eleições a prefeito de São Paulo, analistas acreditam que o candidato Celso Russomano, do Partido Republicano Brasileiro (PRB) teria se prejudicado pelo excesso de identificação do partido com a Igreja Universal do Reino de Deus e outras denominações evangélicas.
Por outro lado, o PRB hoje tem o senador Marcelo Crivella como Ministro da Pesca e um forte aliado na tentativa de Dilma se aproximar dos evangélicos, grupo cada vez mais cobiçado pelos políticos. Afinal, nas últimas eleições, lideranças como Silas Malafaia e Valdemiro Santiago apoiaram José Serra.Com informações de O Globo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário